domingo, julho 10, 2005

Música Electrónica


Música electrónica é o termo largamente utilizado para descrever música criada em equipamento electrónico. Qualquer som produzido por meio de sinais eléctricos pode muito bem ser entitulado de electrónico.Música electrónica refere-se à música produzida largamente por componentes electrónicos, tais como sintetizadores, samplers, computadores e máquinas de ritmos (drum machines).


História


O primeiro instrumento electrónico denominava-se Teleharmonium ou Telharmonium, desenvolvido pelo Thaddeus Cahill em 1897. Um simples inconveniente tornou a adopção do Telharmonium como instrumento prático: este pesava cerca de sete toneladas e era basicamente do tamanho de um pequeno carro.
O primeiro instrumento electrónico de uso prático é considerado ser o Theremin, inventado pelo Professor Leon Theremin por volta de 1920.
Outro pioneiro dos instrumentos electrónicos era o Ondes Martenot, que era utilizado na Turangalila Symphony pelo Olivier Messiaen.


Nos anos que procederam a Segunda Grande Guerra, a música electrónica foi acolhida pelos compositores mais progressivos, e foi aclamado como uma forma de exceder os limites dos instrumentos tradicionais. A composição electrónica moderna cresceu bastante com o desenvolvimento da Musique Concrete (edição de fragmentos de sons naturais e industriais) e do maior acesso a microfones e gravadores de fita magnetica, circa 1948. Entre alguns dos compositores mais avant garde desta época destacam-se nomes como Pierre Shaeffer, Pierre Henry, Karlheinz Stockhausen, Edgar Varese e Steve Reich.


Em 1958 é criada a BBC Radiophonic Workshop, onde efeitos especiais eram produzidos para transmissão via rádio sendo um pequeno anúncio para a série de televisão “Doctor Who” uma das primeiras produções deste estúdio.
Em 1960, Walter Carlos (agora, Wendy Carlos) popularizou música produzida por sintetizadores através de dois notáveis albuns, The Well Tempered Synthesiser e Switched On Bach, onde pegou em peças de música clássica e reproduziu-as num sintetizador Moog.
Com os avanços tecnológicos constantes, sintetizadores tornaram-se mais baratos, mais robustos e portateis e portanto, mais acessíveis. Sendo aí que alguns grupos adoptaram este instrumento nas suas bandas. Nomes como United States of America, The Silver Apples e Pink Floyd, adoptaram logo de inicio por esta vertente notando-se imediatamente nas suas produções a componente electrónica, especialmente por parte dos The Silver Apples.


Em 1970, a revolução deu-se através dos Kraftwerk. Este grupo adoptou todo um estilo robótico e futurista levando a música electrónica às massas.
Alguns músicos como Brian Eno, Vangelis, Jean Michel Jarre, o japonês Isao Tomita, Kitaro e Tangerine Dream também contribuiram bastante para a popularização da música electrónica.
A indústria dos filmes também não escapou à adopção do som electrónico, utilizando em diversos filmes bandas sonoras completamente produzidos com som electrónico, destacando-se alguns como A Clockwork Orange e o tão conhecido Blade Runner. Grupos electrónicos era assim igualmente contratados para criar música e efeitos especiais para filmes, tal como anteriormente era solicitado a estrelas de música popular.


No fim dos anos 70, princípio dos anos 80, houve grandes inovações a nível de desenvolvimento de instrumentos de música electrónica. Sintetizadores analógicos cederam o seu lugar a sintetizadores digitais e samplers. Os primeiros samplers, tal como os primeiros sintetizadores, eram grandes e muito caros.
A meado dos anos 80, começaram a surgir samplers mais acessíveis levando à produção em grande escala de música electrónica.
Muita música electrónica foi produzida a partir desta época e grupos como Heaven 17, Severed Heads, The Human League, Yaz, The Art of Noise, Orchestral Manoeuvers in the Dark e New Order foram os responsáveis por diversas novas formas de produzir música popular através destes meios electrónicos.


O desenvolvimento do techno em Detroit, o house music em Chicago nos anos 80, e mais tarde o acid-house no Reino Unido, ajudou à exposição em grande escala atingindo o público generalista e levou à introdução da música de dança electrónica nos clubes nocturnos.

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